São Miguel Arcanjo, quem conhece?

Quem foi São Miguel?

Foi um anjo? Um homem? Em que época viveu? Porque o seu aspecto de soldado?
São Miguel é um Anjo e apesar de sua história se remontar aos primórdios da Criação, ela é atual para os dias de hoje. Vejamos a descrição da História Sagrada feito por São João Bosco, relativa à criação dos anjos e a interversão de São Miguel na História.
“Deus tinha também criado uma multidão de Anjos, isto é, de Espíritos sem corpo, enriquecidos de excelentes dons, e os tinha constituído príncipes junto do seu trono.
A maior parte deles conservaram a santidade que tinham recebido de Deus na sua criação. Mas uma parte, assas considerável prevaricou, cometendo um gravíssimo pecado de soberba, por pretenderem se tornar iguais a Deus. O chefe dos rebeldes foi Lúcifer, que era o anjo mais belo do Paraíso. São Miguel, seguido de outros anjos que permaneceram fiéis a Deus, opôs-se aos revoltados, dizendo: Quem é como Deus? A estas palavras, Lúcifer e todos os seus sequazes foram pela Divina Potência, num instante, expulsos do Paraíso e condenados às penas eternas do inferno.
Os anjos fiéis a Deus chamam-se anjos bons ou simplesmente anjos; entre estes escolheu Deus os nossos Anjos da Guarda. Aqueles que, pela sua soberba, foram expulsos do céu chamam-se anjos maus, diabos ou demônios. Levados estes pela inveja, tentam o homem com toda espécie de artes e de enganos, para fazê-lo cair em pecado e tê-lo, depois, como companheiro na sua condenação eterna.”
Nas Sagradas Escrituras, vemos várias intervenções dos anjos; desde a Anunciação de São Gabriel a Santíssima Virgem; a odisseia de Tobias auxiliado por São Rafael (Medicina de Deus). Da Misericórdia à Justiça Divina que não pactua com o mau, o castigo de Sodoma e Gomorra; a destruição do exército de Senaquerib; e tantos outros fatos de atuações angélicas descritos na Bíblia Sagrada.
São Miguel Arcanjo que sempre espelhou a justiça Divina; é o paladino de Deus na luta contra o mau. Todos nós estamos nesta luta. Por isso, mais do que nunca a intercessão de São Miguel nos dias atuais, se torna mais urgente e necessária. Peçamos a ele que nos guie e ilumine nas lutas, que cada um de nós, terá que passar para perseverar no bem.
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 Devotos São Miguel Arcanjo Divinópolis
 by Clevinho Maia 

Os Arcanjos
Os anjos foram dotados por Deus de inteligência perfeitíssima e, no entanto, pecaram, revoltando-se contra seu Criador. Mistério do mal…  São Miguel,  por sua fidelidade, recebeu em prêmio a missão de proteger a Santa Igreja.
Divididos em nove coros subordinados um ao outro, os anjos que se conservaram fiéis formam um exército invencível. Seu número é incalculável. Só há três anjos cujos nomes próprios as Escrituras Sagradas nos dão a conhecer.
São Miguel é o grande capitão do exército celeste. Seu nome Mi-cha-el significa, quem é igual a Deus? Quando Lúcifer, cego pelo orgulho, quis igualar-se ao Altíssimo, Miguel exclamou com voz trovejante: “Quem é igual a Deus?” E acompanhado pelos anjos fiéis, precipitou do alto dos céus a tropa rebelde dos apóstatas. Assim se tornou o generalíssimo do incontável exército dos santos anjos. Vê-se, nos profetas, que era o protetor do povo de Israel; agora o é da Igreja.
São Gabriel, cujo nome significa Força de Deus, anuncia ao profeta Daniel a época da grande obra de Deus, a época do Filho de Deus feito homem, Cristo condenado à morte, a remissão dos pecados, o Evangelho pregado a todas as nações, a ruína de Jerusalém e de seu templo, a condenação final do povo judeu. É o mesmo anjo Gabriel que prediz ao sacerdote Zacarias, no templo, no santuário, junto ao altar dos perfumes, o nascimento de um homem que será chamado João, ou cheio de graça, e que não mais anunciará a vinda do Salvador, mas que o apontará: “Eis o Cordeiro de Deus! Eis quem tira os pecados do mundo!” É o mesmo arcanjo, sempre enviado para anunciar grandes coisas, que irá à humilde casa de Nazaré anunciar à Virgem Maria a maior de todas as coisas; comunicar que, sem deixar de ser virgem, ela daria à luz ao Filho do Altíssimo, que seria chamado Jesus ou Salvador, porque seria o Salvador do mundo. É esse glorioso arcanjo que nos ensina a dizer tal como ele: “Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres!”
São Rafael, cujo nome significa Médico ou cura de Deus, dá-se a conhecer a Tobias: “Quando oráveis, vós e Sara vossa nora, ou apresentava o memorial de vossas orações diante do santo; e quando sepultáveis os mortos, estava presente junto de vós. Quando não vos recusáveis a levantar-vos da mesa e deixar vosso jantar para amortalhardes um morto, o bem que praticáveis não permanecia oculto; pois eu estava convosco. E por que éreis agradáveis a Deus, foi necessário que fosseis provados. Agora, porém, Deus enviou-me para curar-vos, a vós e a Sara, esposa de vosso Filho. Sou Rafael, um dos sete anjos que apresentam as orações dos santos, e que podem defrontar a majestade do Santíssimo!
* * * * * * * *
Todos os domingos, um incontável número de fiéis no orbe católico canta ou recita durante a celebração da sagrada Eucaristia o símbolo da nossa fé. As verdades de nossa santa religião são proclamadas, uma após outra, numa inspirada e sublime síntese, até completar a totalidade da única doutrina da fé: “Assim como a semente da mostarda contém num pequeníssimo grão um grande número de ramos – ensina-nos São Cirilo de Jerusalém -, da mesma forma este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento”.
   “Creio em Deus Pai todo-poderoso!” Depois desta primeira e fundamental afirmação, da qual dependem todos os outros artigos do Credo, proclamamos em seguida “o começo da história da salvação”: “Criador do Céu e da terra!”
O mistério da criação
Deus, Ser absoluto e eterno, não precisava de nenhuma criatura que Lhe rendesse homenagens e reconhecesse sua grandeza sem limites. Entretanto, em sua misericórdia, quis criar, não para aumentar a própria glória, intrínseca e sempiterna, mas para manifestar seu amor todo-poderoso e “comunicar sua glória” aos seres por Ele criados, fazendo-os participar de sua verdade, sua bondade e sua beleza.
Uma imensa multidão de criaturas diversas e desiguais – seres visíveis e invisíveis, inteligentes ou desprovidos de razão, dispostos numa maravilhosa hierarquia – constituiu então a Ordem do universo, reflexo da perfeição adorável do Ser infinito, que só se manifestaria totalmente, na plenitude dos tempos, por seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, o Verbo eterno encarnado.
   Explica o Doutor Angélico que “todo efeito representa algo da sua causa”. Assim, em todas as criaturas podemos encontrar vestígios da eterna Sabedoria que as tirou do nada: nos astros que enchem as vastidões do firmamento e cujas constelações encontramse separadas, às vezes, por milhões de anos-luz; nos diminutos grãos de areia, jamais iguais entre si, que cobrem desertos e praias; na variedade assombrosa de vegetais, que vai da “erva do campo que hoje existe e amanhã é queimada” (Mt 6, 30) às seculares sequóias e jequitibás; no admirável instinto dos insetos, na fidelidade quase inteligente de um cão, na delicadeza virginal de um arminho, nos milhares de micróbios que podem pulular numa gota de água… Mas quis Deus espelhar-se sobretudo no homem, criando-o à sua imagem. E ao constituí-lo um composto de corpo corruptível e alma imortal, o tornou elo de ligação entre a matéria e o mundo espiritual.
O mundo angélico
   Porém, no alto desta grandiosa hierarquia, “superando em perfeição todas as criaturas visíveis”, colocou Deus a natureza angélica: espíritos puros, inteligentes e capazes de amar, cheios da graça divina desde o início de sua existência, na aurora da primeira manhã da criação. Distribuídos e ordenados por Deus em nove coros – Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos – constituem o exército da celeste Jerusalém e receberam a tríplice missão de perpétuos adoradores da Santíssima Trindade, executores dos divinos desígnios e protetores do gênero humano.
   Imensa e incalculável é esta corte do Senhor. “Porventura podem ser contadas as suas legiões?”, pergunta o livro de Jó (25, 3). E o profeta Daniel, abismado, escreveu: “Eram milhares de milhares os que o serviam, e mil milhões os que assistiam diante d’Ele” (Dn 7, 10). Entretanto, cada um desses espíritos possui uma personalidade própria, inconfundível e específica, não havendo sido criado um igual ao outro.
O primeiro dos anjos
   A tanta diversidade e esplendor quis Deus colocar um ápice, um ponto monárquico, um ser que espelhasse de modo inigualável a luz eterna e inextinguível. Maravilha dentre as maravilhas, obra-prima do mundo angélico, fulgurava no mais alto dos coros e todos extasiavam-se diante dele. “Tu és o selo da semelhança de Deus, cheio de sabedoria e perfeito na beleza; tu vivias nas delícias do paraíso de Deus e tudo foi empregado em realçar a tua formosura!” (cf. Ez 28, 12-13).
   Sendo o primeiro dos serafins, iluminava todos os espíritos celestes com os reflexos da divindade que sua inteligência ímpar discernia com o auxílio da graça. Lúcifer era seu nome: o que levava a luz…
A prova dos espíritos celestes
   Entretanto, antes de poder contemplar, por toda a eternidade, a essência de Deus, deviam os anjos passar por uma prova, e apesar da altíssima perfeição da sua natureza, “não podiam dirigir-se a esta bem-aventurança por sua vontade, sem ajuda da graça de Deus”.
   Diante deles a face do Ser infinito permanecia como que envolta em penumbras e só seus reflexos eram capazes de alimentar o ardente amor das legiões do Senhor.
   Segundo afirmam Tertuliano, São Cipriano, São Basílio, São Bernardo e outros santos, a prova que decidiu o destino eterno dos espíritos angélicos foi o anúncio da Encarnação do Verbo, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, o qual haveria de nascer da Virgem Maria.
   Podemos imaginar, então, que um frêmito de assombro percorreu as fileiras das milícias celestes ao conhecerem intuitivamente, por uma ação de Deus, o plano da Salvação: o Criador eterno, inacessível, todo-poderoso, se uniria hipostaticamente à natureza humana, elevando-a assim até o trono do Altíssimo; e uma mulher, a Mãe de Deus, tornar-se-ia medianeira de todas as graças, seria exaltada por cima dos coros angélicos e coroada Rainha do universo!
   O inexplicável surgia diante dos anjos como sendo o píncaro e o centro da obra da criação.
   A prova havia chegado. Amar sem entender! Amar sobre todas as coisas ao Deus Altíssimo que numa sublime manifestação de seu amor havia tirado do nada todas as criaturas! Reconhecer, num supremo lance de adoração e submissão, a superioridade infinita da Bondade absoluta e eterna! Era este o ato que confirmaria os espíritos angélicos na graça divina e os introduziria na visão beatífica para todo o sempre.
A primeira revolução da História
   Lúcifer, porém, duvidou diante de um mistério que ultrapassava seu angélico entendimento. Será que Deus ignorava a natureza perfeitíssima dos anjos e preferia unir-Se a um ser humano, tão inferior a eles na ordem das criaturas? Ele, o mais alto dos serafins, seria compelido a adorar um homem? “Esta união hipostática do homem com o Verbo pareceu-lhe intolerável e desejou que fosse realizada com ele”, afirma Cornélio a Lápide. Sim, só a ele mesmo, Lúcifer, “o perfeito desde o dia da criação” (Ez 28, 15), deveria Deus unir-Se e deste modo constituí-lo como o mediador único e necessário entre o Criador e as criaturas. Assim, “aquele que do nada havia sido feito anjo, comparando-se, cheio de soberba, com o seu Criador, pretendeu roubar o que era próprio do Filho de Deus”, conclui São Bernardo.
   “O anjo pecou querendo ser como Deus” e o príncipe da luz tornou- se trevas.
   Fez-se ouvir o primeiro grito de revolta da história da criação: “Não servirei! Subirei até o Céu, estabelecerei o meu trono acima dos astros de Deus, sentar-me-ei sobre o monte da aliança! Serei semelhante ao Altíssimo!” (cf. Is 14,13-14).
O defensor da glória de Deus
   Ecoou, então, um brado no Céu: “Quem como Deus?”
   Entre o anjo revoltado e o trono do Todo-Poderoso erguia-se “um dos primeiros príncipes” (Dn 10, 3), um serafim incomparavelmente mais esplendoroso e forte do que havia sido “o que levava a luz”. Quem era este que ousava desafiar o mais alto dos anjos e agora refulgia invencível, revestido do “poder da justiça divina, mais forte que toda a força natural dos anjos”?
   Quem era este? Chama viva de amor, labareda de zelo e humildade, executor da divina justiça.
   “Quem como Deus?” – Milhões de milhões dos espíritos celestes repetiram o mesmo brado de fidelidade. “Quem como Deus?” – Este sinal de fidelidade, que em hebraico se diz Mi-ka-el, passou a ser o nome daquele serafim que por sua caridade ímpar foi o primeiro a levantar-se em defesa da Majestade ofendida.
   Michael, Miguel: nome que exprime, em sua sonora brevidade, o louvor mais completo, a adoração mais perfeita, o reconhecimento mais cheio de amor da transcendência divina e a confissão mais humilde da contingência da criatura.
A primeira batalha de uma guerra eterna
   “Houve no Céu uma grande batalha” (Ap 12, 7). Luta entre anjos e demônios, luta da luz contra as trevas, da fidelidade contra a soberba, da humildade e da ordem contra o orgulho e a desordem. “Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele” (Ap 12, 7).
   Satanás, desvairado de orgulho e “obstinado em seu pecado”, “arrastou a terça parte” (Ap 12, 4) dos espíritos angélicos, submergindo-os consigo nas trevas eternas da revolta. Porém, estes não prevaleceram, nem o seu lugar se encontrou mais no Céu. Foi precipitado aquele grande dragão, que se chama demônio e Satanás, e foram junto com ele os seus anjos (cf. Ap 12, 8-9) nos abismos tenebrosos do inferno (cf. 2Pd 2, 4).
   Um imenso clamor encheu o universo: Como caíste do céu, ó astro resplandecente, que no nascer do dia brilhavas? (cf. Is 14, 12). A tua soberba foi abatida até os infernos! (cf. Is 14, 11). E enquanto o serafim revoltado era visto “cair do céu como um relâmpago” (Lc 10, 18) e ser condenado ao fogo inextinguível, “preparado para ele e os seu anjos” (Mt 25, 41), São Miguel era elevado pelo Rei eterno ao píncaro da hierarquia dos anjos fiéis e se tornava o “gloriosíssimo príncipe da milícia celeste”, como é designado pela liturgia da Santa Igreja Católica.
O novo campo de batalha
   Restabelecida a ordem nos céus angélicos, o campo de batalha onde prosseguiu a luta entre a luz e as trevas passou a ser a terra dos homens. O anjo destronado conseguiu seduzir nossos primeiros pais a pecarem, como ele, contra o Altíssimo, querendo ser como deuses (cf. Gn 3,5), e o Senhor Deus declarou guerra ao tentador: “Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela” (Gn 3, 15).
   A partir deste momento uma luta árdua contra o poder das trevas perpassa a história da humanidade. Iniciada na origem do mundo, vai durar até o último dia, segundo as palavras do Senhor. Inserido nesta batalha, o homem deve lutar sempre para aderir ao bem.
   Neste combate, além das armas decisivas da graça de Deus, que recebemos superabundantemente por meio dos sacramentos, contam os homens com o auxílio e a proteção dos anjos. E ao príncipe da Jerusalém celeste corresponde a capitania de todas as legiões angélicas na luta contra as forças do inferno, pela salvação das almas. Assim, São Miguel continua na terra a luta triunfal que iniciou no Céu.
Protetor do povo eleito e da Santa Igreja
   Foi São Miguel o anjo tutelar do povo de Israel.
   Nas Sagradas Escrituras, é ele mencionado pela primeira vez no livro de Daniel. Este profeta, ao escrever as revelações recebidas do anjo Gabriel sobre o combate para libertar a nação eleita da servidão aos persas, afirma que ninguém a defenderá “a não ser Miguel, vosso príncipe” (Dn 10, 22). E acrescenta ao narrar as tribulações de épocas vindouras: “Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande príncipe, o protetor dos filhos de seu povo” (Dn 12, 1).
   O serafim da fidelidade não cessou de proteger o povo de Israel e velar pela fé da Sinagoga até o momento supremo da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
   Escureceu-se o sol e houve trevas, a terra tremeu, fenderam-se as rochas e o véu do Templo – monumental tecido de jacinto, púrpura e escarlate que cobria a entrada do impenetrável “Santo dos Santos” – rasgou-se em duas partes, de alto a baixo (cf. Mt 27, 51; Mc 15, 38; Lc 23, 45). Narra- nos o famoso historiador judeu, Flávio Josefo, que depois desses acontecimentos os próprios sacerdotes do Templo escutaram dentro do recinto sagrado uma misteriosa voz que clamava repetidas vezes: “Saiamos daqui!” (15).
   São Miguel, a sentinela de Israel, abandonava definitivamente o Templo da Antiga Aliança, inútil agora, porque o único e verdadeiro sacrifício acabava de consumar-se no alto do Calvário. Do coração trespassado do Cordeiro Imaculado nascia a Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, Templo eterno do Espírito Santo. E a partir desse instante, Miguel o triunfador, o primeiro adorador do Verbo encarnado, tornou-se também o vigilante protetor da única Igreja de Deus.
   A este respeito escreveu o cardeal Shuster: “Depois do ofício de pai legal de Jesus Cristo, que corresponde a São José, não há na terra nenhum ministério mais importante e mais sublime do que o conferido a São Miguel: protetor e defensor da Igreja” (16).
http://www.arautos.org/secoes/artigos/especiais/os-arcanjos-140821
Fonte:https://novecoros.blogspot.com/
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Oração a São Miguel Arcanjo para alcançar libertação

Oração a São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo,
protegei-nos no combate,
defendei-nos com o vosso escudo
contra as armadilhas
e ciladas do demônio.
Deus o submeta,
instantemente o pedimos;
e vós, Príncipe da milícia celeste,
pelo divino poder,
precipitai no inferno a Satanás
e aos outros espíritos malignos
que andam pelo mundo
procurando perder as almas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Ámen.

[Nota: O Papa Leão XIII, durante a celebração de uma missa particular, teve uma visão segundo a qual soube que o Demônio pediu permissão para submeter a Igreja a um período de provações. Deus concedeu-lhe permissão para provar a Igreja por um século (este século). Assim que o Demônio se afastou, Deus chamou Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo e lhes disse:
"Dou-vos, agora, a incumbência de contrabalançar a obra nefasta do Demônio."

O Papa a seguir compôs a oração a São Miguel Arcanjo, ordenando depois que fosse rezada de joelhos, no fim de cada Santa Missa.]
Fonte:https://novecoros.blogspot.com/
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O Poder de São Miguel HISTÓRIA E ORAÇÃO PODEROSA

O Poder de São Miguel.

Bendizei ao Senhor , mensageiros de Deus,
heróis poderosos que cumpris suas ordens,
sempre atentos à sua palavra. (Sl 102, 20)
“Quem como Deus?”

Travou-se um combate no Céu: Miguel e os seus Anjos lutaram contra o Dragão. O Dragão e os seus anjos lutaram também, mas foram derrotados e perderam o seu lugar no Céu para sempre. Foi expulso o enorme Dragão, a antiga serpente, aquele que chamam Diabo e Satanás, que seduz o universo inteiro foi precipitado sobre a terra e os seus anjos foram precipitados com ele. Depois ouvi no Céu uma voz poderosa que dizia: «Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus e a autoridade do seu Ungido, porque foi precipitado o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus. Eles venceram-no, graças ao sangue do Cordeiro e à palavra do testemunho que deram, desprezando a própria vida, até aceitarem a morte. Por isso, alegrai-vos, ó Céus, e vós que neles habitais». (Apocalipse 12, 7-12ª)

“Miguel” em hebraico Mi-kha-el quer dizer “quem como Deus?”.
Era o protetor do antigo povo de Deus (Dan 10, 13.21), e que aparece agora como patrono e defensor da Igreja, o novo povo de Deus.

“O Dragão”. É identificado, com a “antiga serpente” que tentou os primeiros pais, por isso se chama antiga; é “aquele que chamam Diabo e Satanás”. Diabo é um nome grego correspondente ao hebraico Xatan (aramaico xataná), que significa caluniador, acusador, adversário.

“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) no ares” (Ef 6,11-12).

A indicação que São Paulo fala dos demônios é muito precisa, porque os chama com o nome de sua ordem de classificação.
O diabo, como todo o mundo angélico ao qual fazia parte, é um espírito; não possui um corpo, não é sensível, deve se servir de uma forma fictícia, que assume de acordo com o que vai provocar. (Padre Gabriele Amorth).

O grande comentador das Sagradas Escrituras, Pe. Cornélio a Lapide, jesuíta do século XVI, escreve:
"Muitos julgam que Miguel, tanto pela dignidade de natureza, como de graça e de glória é absolutamente o primeiro e o Príncipe de todos os anjos. E isso se prova, primeiro, pelo Apocalipse (12, 7), onde se diz que Miguel lutou contra Lúcifer e seus anjos, resistindo à sua soberba com o brado cheio de humildade:

Quem (é) como Deus? Portanto, assim como Lúcifer é o chefe dos demônios, Miguel o é dos anjos, sendo o primeiro entre os serafins. Segundo, porque a Igreja o chama de Príncipe da Milícia Celeste, que está posto à entrada do Paraíso. E é em seu nome que se celebra a festa de todos os anjos. Terceiro, porque Miguel é hoje ao cultuado como o protetor da Igreja como outrora o foi da Sinagoga. Finalmente, em quarto lugar, prova-se que São Miguel é o Príncipe de todos os anjos, e por isso o primeiro entre os Serafins, porque diz São Basílio na Homilia De Angelis: ‘A ti, ó Miguel, general dos espíritos celestes, que por honra e dignidade estais posto à frente de todos os outros espíritos celestiais, a ti suplico...' ". ( Cornélio A LAPIDE, Commentaria in Scripturam Sacram, t. 13, pp. 112-114 )



A Santa Igreja Católica e São Miguel.



O pensamento da Igreja sobre São Miguel.

Desfraldai o estandarte do ilustre Arcanjo, repeti o seu grito:

“Quem é como DEUS?” (Pio XII em 8 de maio de 1940)

O pensamento da Igreja, a família de DEUS, no Novo Testamento, acerca da ação de São Miguel em serviço deste povo, como encarregado do Altíssimo para o defender e guardar, está bem patente na liturgia universal segundo aquela norma consagrada: “LEX ORANDI, LEX CREDENDI”, isto é, a lei que rege a oração oficial da Igreja, aprovada pelo Sumo Pontífice, é a lei que rege a nossa crença.

Além de outros documentos sobre São Miguel, dos Papas antigos, Sua Santidade João Paulo II na sua visita de 24 de maio de 1987, ao Santuário de São Miguel, no Monte Gargano, na Itália, fez um discurso. Não é uma encíclica, mas mostra-nos o pensar da Igreja sobre a atualidade do culto ao Príncipe e grande Chefe dos Anjos, no mundo de hoje.

Após o encontro com a população, João Paulo II realizou uma breve visita ao Santuário de São Miguel Arcanjo, templo ali construído para recordar as 4 aparições de São Miguel numa gruta da localidade, nos anos 490, 492, 493 e 1656.

Sua Santidade João Paulo II faz eco neste discurso daquilo que os últimos Pontífices têm dito ao povo cristão para que recorra a São Miguel, nesta luta tremenda entre as forças do bem e do mal, chefiadas, respectivamente, pelo glorioso Arcanjo chefe dos exércitos do DEUS Altíssimo e satanás, chefe dos demônios, os anjos caídos. O triunfo final e completo será de São Miguel com os seus Anjos, como dizem as Escrituras santas, que pelejaram contra o dragão, o diabo e os seus seguidores, precipitando-os para sempre nos abismos infernais.

Sua Santidade Pio IX, de gloriosa memória, escreveu: “São Miguel é quem tem maior capacidade para exterminar as forças malditas, filhos de satanás, que juraram a ruína da sociedade cristã”.

Sua Santidade S. Pio X, disse em 18 de setembro de 1903: “DEUS, na primeira luta, venceu, servindo-se do Arcanjo São Miguel; devemos, portanto, acreditar firmemente que a luta atual terminará triunfante e também como outrora com o socorro e ajuda deste Arcanjo bendito”.

Foi por estar convencido da realidade desta terrível luta final, que o predecessor de S. Pio X, o grande Papa Leão XIII, mandou que obrigatoriamente no fim de todas as Missas rezadas, os sacerdotes rezassem a oração a São Miguel que ele mesmo compôs, fez publicar e enviadas aos Ordinários em 1886.

O Papa Pio XII, conhecido como Pastor Angélico, proclamou em 8 de maio de 1940, que era urgente hoje, mais do que nunca, recorrer à proteção de São Miguel, lembrando que ele é o protetor e o defensor da Igreja e dos fiéis, o guardião do Paraíso, o apresentador das almas junto de DEUS, o Anjo da Paz e o vencedor de satanás”.


A visão diabólica do Papa Leão XIII.

Muitos de nós recordamos que, antes da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, os celebrantes e os fiéis, no fim de cada Missa, ajoelhavam-se para rezar uma oração a Nossa Senhora (Salve Rainha) e outra a S. Miguel Arcanjo.
Reportamo-nos ao texto desta última porque é uma oração bonita que pode ser rezada por toda a gente para seu próprio benefício:
        
“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxilio contra a malícia e ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas. Amém”.
        
Como é que nasceu esta oração?

Transcrevo um artigo que foi publicado na revista: Ephemerides Liturgicae escrito pelo Pe. Domenico Pechenino em 1955, a págs. 58-59.
         Uma manhã, o grande Pontífice Leão XIII tinha celebrado a Santa Missa e estava a assistir a uma outra de ação de graças, como de costume.
De repente, viu-se ele virar energicamente a cabeça, depois de fixar qualquer coisa intensamente, sobre a cabeça do celebrante. Mantinha-se imóvel, sem pestanejar, mas com uma expressão de terror e de admiração, tendo o seu rosto mudado de cor. Adivinhava-se nele qualquer coisa de estranho, de grande.
        
Finalmente voltando a si, bate ligeira, mas energicamente com a mão, levanta-se. Dirige-se ao seu escritório particular. Os mais próximos seguem-no com preocupação e ansiedade. E perguntam-lhe em voz baixa: Santo Padre, não se sente bem? Precisa se alguma coisa? Responde: “Nada, nada”.
        
Daí a uma meia hora manda chamar o Secretário da Congregação dos Ritos, e estendendo-lhe uma folha de papel, manda fazê-la imprimir e enviar a todos os Ordinários do mundo. Que assunto continha? A oração que rezávamos no fim da missa com o povo, com a súplica a Maria e a invocação ardente ao Príncipe das milícias celestes, implorando a Deus que precipite Satanás no inferno.
        
Naquele escrito ordenava-se igualmente que as orações fossem rezadas de joelhos. Também foi publicado no jornal La Settimana del Clero, em 30 de Março de 1947, não sendo citada a fonte que deu origem à notícia. Será contudo notada a maneira insólita como esta oração, enviadas aos Ordinários em 1886, foi mandada rezar.
Para confirmar aquilo que o Pe. Pechenino escreveu, dispomos do testemunho irrefutável do Cardeal Natalli Rocca, que na sua carta pastoral para a Quaresma, emanada de Bolonha em 1946, diz:
“Foi mesmo Leão XIII quem redigiu esta oração. A fase (Satanás e os outros espíritos malignos) que vagueiam pelo mundo para perder das almas tem uma explicação histórica que o seu secretário particular Mons. Rinaldo Angeli, nos contou várias vezes:
Leão XIII teve verdadeiramente a visão de espíritos infernais que se adensavam sobre a cidade eterna (Roma); e foi desta experiência que nasceu a oração que ele quis toda a Igreja rezasse. Esta oração rezava-a ele com voz viva e vibrante: ouvimo-la muitas vezes na Basílica do Vaticano.

Mas isto não é tudo: ele escreveu também por suas próprias mãos um exorcismo especial que figura no Ritual Romano (ed. 1954, tit. XII, c.III, pág.863 e seg.). Recomendava aos bispos e aos sacerdotes que rezassem muitas vezes estes exorcismos nas suas dioceses e paróquias. Ele próprio o fazia muitas vezes durante o dia.
        
Também é interessante ter em conta um outro acontecimento que reforça ainda mais o valor desta oração que se rezava no fim de cada Missa. Pio XI quis que, ao serem rezadas estas orações, se pusesse uma intenção particular pela Rússia (alocução de 30 de Junho de 1930). Nesta alocução, depois de ter lembrado as orações pela Rússia que ele próprio tinha pedido a todos os fiéis a quando da festa do Patriarca S. José (19 de março de 1930) e, depois de ter lembrado a perseguição religiosa na Rússia, concluiu com estas palavras:
         “E para que todos possam sem fadiga e sem obstáculos continuar esta santa cruzada, decidimos que as orações que o nosso bem amado predecessor Leão XIII ordenou aos sacerdotes e aos fiéis que rezassem depois da Missa, sejam ditas por esta intenção particular, isto é, pela Rússia. Que os bispos e o clero secular e regular tomem ao seu cuidado informar os fiéis e aqueles que assistem ao Santo Sacrifício, e que não se esqueçam de lhes lembrar estas orações (Civiltà Cattolica, 1930, vol.III).
        
Conforme se pode constatar a presença aterrorizadora de Satanás foi claramente tida em conta pelo Pontífice; e a intenção que Pio XI, tinha acrescentado, visava mesmo o fundamento das falsas doutrinas difundidas no nosso século, que envenenaram não só a vida dos povos mas também dos próprios teólogos. Se a disposição tomada por Pio XI não foi respeitada, a falta deve-se àqueles a quem tinha sido confiada; inseria-se perfeitamente no âmbito dos avisos carismáticos que o Senhor havia dado à humanidade através das aparições de Fátima, embora mantendo-se independente desta: Fátima ainda era desconhecida do mundo. (Pe. Gabriele Amorth.)

O Exorcismo de Leão XIII, que nos mostra a ação nefasta do maligno, nos nossos dias, vê como é necessário recorrer à poderosa intercessão da Virgem Maria e de São Miguel, no ataque contra as forças do mal, quer se trate de males físicos como da alma. Inimigo dos homens, satanás tem inveja deles e ainda quando parece ajudá-los favorecendo-lhes uma vida de dinheiro, sensualidade e sorte, é sempre tendo em mira a sua condenação eterna.



Aparição de São Miguel Arcanjo
no Monte Gargano na Itália.

Nos fins do século V, quando na Cátedra de São Pedro regia a Igreja o Papa São Gelásio, um pastor que apascentava seu gado no alto do Monte Gargano, na Itália, província da Apúlia, querendo obrigar um novilho a sair de uma caverna onde se refugiara, desferiu lá dentro uma flecha, a qual retrocedeu com a mesma velocidade, vindo ferir quem a lançara.

Este fato causou admiração nos que presenciaram este acontecimento e a notícia foi longe e chegou também aos ouvidos do Bispo de Siponto, cidade que ficava no sopé da montanha.

Julgou ele tratar-se de algum misterioso sinal da parte de DEUS e ordenou um jejum de três dias em toda a diocese, pedindo ao SENHOR se dignasse revelar-lhe do que se tratava. DEUS escutou as orações do Prelado e, passados três dias, apareceu-lhe o Arcanjo São Miguel declarando-lhe que o SENHOR queria que a ele, Anjo tutelar da Igreja, e aos outros Anjos, se edificasse naquela caverna, onde se manifestou o prodígio, uma igreja em sua honra, para reavivar a fé e a devoção dos fiéis no seu amor e proteção, como Anjo custódio da Igreja Católica.

Tendo o Bispo comunicado ao povo a visão que tivera e o que lhe fora pedido, foi ele próprio, com muita gente, observar o local. Encontraram uma caverna espaçosa em forma de templo, cavada na rocha, com uma fenda natural na abóbada, de onde jorrava a luz que a iluminava. Nada mais era preciso que pôr um altar-mor para celebrar os Divinos Mistérios. Levantado o altar, o Bispo consagrou-o. Todos os povos vizinhos acudiram para a cerimônia cheios de alegria e a festa durou vários dias.

Nunca mais até hoje se deixou de celebrar ali a Santa Missa, como também os outros ofícios litúrgicos, e DEUS consagra este lugar através dos séculos, com graças e milagres de toda a espécie, em favor dos que lá acorrem, doentes de corpo e alma, mostrando quanto Lhe é grata a devoção em honra do glorioso arcanjo São Miguel que defendeu, quando da revolta de lúcifer, a fidelidade ao DEUS Uno e Trino, soltando este grito: QUEM É COMO DEUS?



O Santuário de São Miguel no Monte Gargano

O Santuário do glorioso Arcanjo na gruta do Monte Gargano, é considerado um dos mais célebres e devotos de todo o Mundo. A Igreja, para atestar este fato histórico, marcou para o Calendário Litúrgico Universal a Festa Comemorativa desta aparição, no dia 8 de maio. Esta festa foi obrigatória para toda a igreja até a nova reforma litúrgica após o Concílio Vaticano II. Atualmente, só é obrigatória na diocese de origem e em alguns calendários particulares.

O Monte Gargano onde está este santuário, fica perto do convento de Nossa Senhora da Graça, onde viveu e morreu o célebre estigmatizado Padre Pio de Pietrelcina, falecido há pouco, em odor de santidade.



Mais duas aparições no Monte Gargano

Dois anos depois da primeira aparição do Arcanjo São Miguel no Monte Gargano, quando da invasão da armada do rei godo Odoacro, São Lourenço, Bispo de Síponto, diocese a que pertencia Gargano, subiu ao local para pedir proteção a São Miguel que ali pedindo ao povo que o acompanhasse na oração e no jejum e se aproximasse dos Sacramentos da Confissão e da Comunhão.

Na aurora do dia 29 de setembro do ano 492, estando o Bispo em oração, apareceu-lhe São Miguel, prometendo-lhe a vitória mas dando ordens para que não se atacasse o inimigo antes das quatro horas da tarde, a fim de que o sol fosse testemunha do seu poder.

À hora fixada, os sipontinos saíram da cidade ao encontro dos bárbaros. O céu estava sereno. Mas eis que se ouviu um grande trovão, uma nuvem espessa cobriu o Monte Gargano. São Miguel desprendeu dessa nuvem flechas inflamáveis e fez compreender que a tempestade fustigava os bárbaros que, espavoridos, fugiram em debandada. Estas flechas não atingiram os sipontinos que perseguiam os invasores até perto de Nápoles.

O Bispo com o povo subiram à gruta do Arcanjo e todos viram, à entrada, os traços dos pés de um homem, gravados na rocha, indicando a presença de São Miguel. Com lágrimas nos olhos, todos beijaram comovidos estes traços, que eram testemunhas da presença angélica que os defendera.

Terceira Aparição

A terceira aparição de São Miguel deu-se deste modo: No dia 8 de maio de 493, São Lourenço, o Bispo de Siponto foi com o povo ao Monte Gargano, à entrada da gruta, para agradecer a DEUS, a aparição de São Miguel. Tinha um grande desejo de lá entrar para celebrar o Santo Sacrifício da Missa, mas por respeito, não entrou.

Como o Papa São Gelásio se encontrava numa localidade perto, onde fora no seu múnus pastoral, mandou-lhe emissários a expor-lhe o assunto de transformar a gruta num santuário.

O Santo Padre disse que se devia escolher o dia 29 de setembro, dia da vitória sobre os godos, para se dedicar a igreja localizada na gruta, fazendo dela um templo em honra a São Miguel e aos Anjos.

Recomendou que se fizessem preces públicas para conhecer a vontade do Arcanjo. Estas preces foram ouvidas e São Miguel apareceu pela terceira vez a São Lourenço, Bispo de Siponto, e disse: "Cessa de pensar mais, decide-te a consagrar a minha gruta que euescolhi para meu domínio e que consagrei com os meus Anjos; tu verás os sinaisardentes desta consagração, a saber: a minha imagem colocado por mim, o altaredificado pelos Anjos, meu manto e minha Cruz. Esta noite, tu e mais sete bispos,entrareis na minha gruta para aí rezardes com a minha assistência. Amanhã celebrarás o Santo Sacrifício da Missa e comungarás com o povo. Haveis de ver quantas bênçãos espalharei neste tempo."

Tudo se fez como São Miguel recomendou. Penetrando na gruta, viram a imagem milagrosa de São Miguel lutando contra lúcifer, o altar armado com uma Cruz de cristal com cinco palmos, um manto cor de púrpura, símbolo do Amor de DEUS, e no fundo uma fonte milagrosa.

O Bispo celebrou a Missa, deu a Sagrada Comunhão ao povo. Em seguida, mais três altares foram consagrados na gruta. O Papa mandou então que este fato passasse a ser celebrado na Igreja Universal no dia 29 de setembro de cada ano.

Lugar sagrado e célebre

A Basílica de São Miguel no Monte Gargano, é a única no Mundo que ele próprio e os seus Anjos consagraram.

Este local é ainda hoje um dos mais célebres da cristandade e onde se realizam mais conversões e curas do corpo e da alma. A assistência religiosa está atualmente confiada aos filhos de São Bento, os monges beneditinos.


Muitos Sumos Pontífices têm ido em peregrinação a este Santuário, e no dia 24 de maio de 1987, ali esteve também o nosso Papa João Paulo II.

Revelações a uma fiel

Palavras ditas por JESUS CRISTO à Carmela de Milão, célebre carismática dos nossos dias, filha espiritual do célebre Santo Padre Pio de Pietrelcina, falecido em odor da santidade, já canonizado:

"Invoca muitas vezes o arcanjo São Miguel que se encontra à cabeça dos 9 coros angélicos, e que o meu Vigário, pela vontade do ESPÍRITO SANTO, quis estabelecer como defensor da Igreja. Dirige muitas vezes o teu pensamento para ele, porque grande é o seu poder e a sua força. Ele é o terror dos anjos rebeldes que venceu na terrível batalha dos Anjos bons contra os maus e que os precipitou no abismo.

Ele defendeu infatigavelmente a Igreja contra as heresias e ajuda toda a alma que o invoque com devoção e amor, a vencer as batalhas da vida, sobretudo, contra os demônios. Ele é o Arcanjo da humildade e alegra-se em ensinar a prática desta virtude aos homens que lhe pedem.

O seu brado: "QUEM É COMO DEUS?" que significa o seu nome, é mais adequado para exprimir a virtude tão necessária da humildade, que consiste no conhecimento da grandeza de DEUS ante o vosso nada. Pela sua intercessão pede a humildade para todos os homens da Terra.

Reza-lhe não só pela Igreja, mas também por todas as nações, para que ele de novo traga a paz ao Mundo, onde os demônios vão semeando uma horrenda carnificina. Estabelece-o como defensor da tua casa, para que ele afaste o maligno e todos os males, sejam eles quais forem."

As Crenças do povo cristão em são Miguel Arcanjo.

A Igreja tem permitido que as crenças nascidas da tradição cristã a respeito do glorioso Arcanjo São Miguel, tenham livre curso na piedade dos fiéis e na elaboração dos teólogos.

A primeira crença é a de que São Miguel era, no Antigo Testamento, o defensor do povo escolhido — Israel; e hoje o é do novo povo escolhido — a Igreja. Tal piedosa crença está em consonância com o que é dito no livro de Daniel: “Eis que veio em meu socorro Miguel, um dos primeiros príncipes... Miguel. que é o vosso príncipe” — isto é, dos judeus (10, 13 e 21). “Se levantará o grande príncipe Miguel, que é o protetor dos filhos do teu povo” — de Israel (12, 1). Essa crença é muito antiga, sendo já confirmada pelo Pastor de Hermas, célebre livro cristão do século II, no qual se lê: “O grande e digno Miguel é aquele que tem poder sobre este povo” (os cristãos). Ademais, tal crença é partilhada pelos teólogos e pela própria Igreja, que a manifesta de muitas maneiras.

A segunda crença geral é a de que São Miguel tem o poder de admitir ou não as almas no Paraíso. No Oficio Romano deste Santo no antigo Breviário, São Miguel era chamado de “Praepositus paradisi” — “Guarda do paraíso”, ao qual o próprio Deus se dirige nos seguintes termos: “Constitui te Principem super omnes animais suscipiendas” — “Eu te constituí chefe sobre todas as almas a serem admitidas”. E na Missa pelos defuntos rezava-se: " Signifer Sanctus Michael representet eas in lucem sanctam” — "O ' Porta-estandarte São Miguel, conduzi-as à luz santa”.

A terceira crença, ou melhor, opinião, é a de que São Miguel ocupa o primeiro lugar na hierarquia angélica. Sobre este ponto há divergência entre os teólogos, mas tal opinião tem a seu favor vários Padres da Igreja gregos e parece ser corroborada pela liturgia latina, que se referia ao glorioso Arcanjo como "Princeps militiae coelestis quem honorificant coelorum cives” — "Príncipe da milícia celeste, a quem honram os habitantes do Céu"; e pela liturgia grega que o chama “Archistrátegos“, isto é, "Generalíssimo."


Por que Deus permite o mal?

Por que Deus permite as catástrofes mais ou menos freqüentes, as doenças, a morte, enfim? Como pode um pai deixar sofrer assim os seus filhos? Não tem Ele poder para impedir o mal? E se não Lhe falta poder, onde está a sua bondade, se não o impede?

Ensina São Tomás que Deus não permite o mal físico senão de um modo inteiramente acidental, como ocasião para os justos exercerem a virtude da constância, praticarem a caridade para com os menos favorecidos ou doentes, etc.Por outro lado, Ele permite alguns males físicos como pena devida ao pecado, como forma de  restabelecer a justiça ultrajada pelas faltas voluntárias.

Com relação à morte, longe de ser o termo da vida, ela é a passagem para uma nova vida, onde a felicidade é completa, sem mesclar de sofrimento e onde se atinge o Sumo Bem, que é o próprio Deus. Assim uns ressuscitarão para a felicidade completa e outros para a condenação eterna segundo nossa peregrinação por esta terra.

Quanto ao mal moral ou pecado, Deus não pode querê-lo nem mesmo indiretamente; mas Ele pode tirar, como do mal físico, algum bem, como por exemplo, do pecado do perseguidor a manifestação da constância dos mártires.

A possibilidade do mal moral — ensinam os filósofos — é ao mesmo tempo a conseqüência de um grande bem, a liberdade; e a condição de um bem ainda maior, o mérito.

As criaturas racionais (os anjos e os homens), por serem dotados de inteligência, possuem o livre arbítrio, a liberdade de escolher entre bens possíveis. A capacidade de livre escolha decorre da natureza inteligente desses seres, do conhecimento que eles têm de várias ações, de seus fins últimos e dos meios para chegar a eles. A liberdade mesmo imperfeita é a mais bela prerrogativa do ser racional; é pois digno da bondade divina tê-la concedido.

Deus não podia suprimir no anjo e no homem a possibilidade de fazerem o mal, a não ser recusando-lhes a liberdade ou dando-lhes liberdade incapaz de falhar; na primeira hipótese, eles ficariam rebaixados ao nível dos irracionais, o que seria indigno de criaturas espirituais; na segunda, eles se tornariam iguais a Deus, o que é um absurdo.

Deus quer que a criatura racional observe suas leis, não como o animal desprovido de razão, que age seguindo os meros instintos, mas moralmente e meritoriamente; ora, sem a possibilidade do mal moral, não haveria mérito na prática do bem, pois não há mérito senão se faz o bem podendo não fazê-lo.

Deus quis que os anjos e os homens fossem os agentes de sua própria felicidade ou se tornassem responsáveis pela própria desgraça, escolhendo por si mesmos se colaboravam ou não com a graça divina.

Quando os anjos pecaram e quando os homens pecam, fazem um uso desviado de sua liberdade; Deus, porém, não tolhe a liberdade de suas criaturas racionais em razão do seu uso desviado, porque é próprio a Ele criar e não destruir; seria contrariar-se a si mesmo fazer criaturas livres e depois tolher-lhes a liberdade quando a usam mal.  Por outro lado, a existência de seres racionais não-livres é absurda.


O mal, como conseqüência do pecado.

A estas considerações de ordem filosófica, o Cristianismo acrescenta os dados revelados por Deus. Estes não somente confirmam as descobertas da razão, conferindo-lhes uma certeza absoluta, mas, indo além, nos dão os meios de saber ao certo aquilo que de outro modo não passaria de mera suposição: como o mal manifestou concretamente entre os anjos e os homens.

O Cristianismo rejeita toda e qualquer forma de dualismo (dois deuses): tudo quanto existe provém de um só e único princípio, DEUS ÚNICO puro e bom.

Sendo Deus substancialmente bom e santo, tudo quanto provêm dele tem que ser, necessariamente, bom em si mesmo.  Por isso, todas as criaturas, em si mesmas, são boas e aptas para propósitos do Criador.

Assim, lemos no primeiro livro da Bíblia:
“E Deus viu toas as coisas que tinha feito. e eram muito boas” (Gen 1, 31).
O livro do Eclesiástico completa:
“Todas as obras do Senhor são boas e cada uma delas, chegada a sua hora, fará seu serviço" (Ecl, 39, 39).
E o livro da Sabedoria explicita:
“Deus não fez a morte, nem se alegra com a perdição dos vivos. Porquanto criou Êle criou todas as coisas para que subsistissem e não havia nelas nenhum veneno mortífero, nem o domínio da morte existia sobre a terra” (Sb, 1, 13-14).

Diz ainda a Escritura que “foi na soberba que teve início a perdição” (Tob 4, 14).

Parte dos anjos se revoltou contra Deus, e foram expulsos do Céu, transformando-se em demônios; do mesmo modo, nos primeiros pais desobedeceram o Criador com o pecado original perderam o estado de inocência e de integridade, sendo expulsos do Paraíso terrestre.
 
Como decorrência do pecado original, houve uma debilitação da natureza humana, tornando-se o homem mais vulnerável às paixões e às seduções do demônio, e mais inclinado ao pecado; em castigo desse mesmo pecado, Deus permitiu que o sofrimento se abatesse sobre o homem e a terra se lhe tornasse ingrata.

No Gênesis, depois da narração da primeira desobediência, vêm as palavras do Criador ao primeiro homem:

“Porque deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que eu te tinha ordenado que não comesses, a terra será maldita por tua causa; tirarás dela o sustento com trabalhos penosos todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos” (Gen 3, 17-18).

E o inspirado autor do Eclesiástico escreve, numa alusão ao pecado original:

“Da mulher nasceu o princípio do pecado e por causa dela é que todos morremos" (Ecl 25, 33).

O Apóstolo São Paulo resume magnificamente essa doutrina sobre o pecado original, nos seguintes termos:

“Assim como por um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, assim também a morte atingiu todos os homens, porque todos pecaram...Pois o salário do pecado é a morte” (Rom 5, 12, 23).

Em virtude da Redenção operada por Jesus Cristo, entretanto, o sofrimento e a morte podem ser aproveitados pelo homem como meio de aperfeiçoamento moral, de santificação. É assim que o mesmo São Paulo exclama: “A morte foi tragada na vitória ( de Cristo). Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está teu aguilhão?” E prossegue: “Sejam dadas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, meus irmãos amados, sêde firmes, constantes, progredi sempre na obra do Senhor, sabendo que o vosso esforço não é inútil no Senhor (1 Cor 15, 54-58).

Está esperança que nos dá a força para lutar contra a ação do mal em nós mesmos e no mundo. E é a doutrina a respeito do pecado original que nos esclarece quanto á origem histórica do mal e quanto ao verdadeiro sentido da presença do mal no mundo. Do contrário, o problema do mal ficaria insolúvel e nos atiraria no desespero da incompreensão e da revolta.


A queda dos anjos maus e rebeldes.


"Tu, desde o principio, quebraste o meu 
jugo, rompeste os meus laços e 
disseste: — Não servirei!”
 (Jer 2,20)

DEUS CRIOU OS ANJOS num alto estado de perfeição natural e além disso os elevou à ordem sobrenatural. É de fé que todos os espíritos angélicos foram criados bons.

Essa é uma conseqüência obrigatória da verdade de fé, de que todos os espíritos angélicos foram criados por Deus, atestada pelo símbolo niceno-constantinopolitano ( o Credo da Missa), o qual proclama: “Creio em Deus Pai Todo-poderoso, criador ... das coisas visíveis e invisíveis”; essa verdade foi ainda definida nos Concílios IV de Latrão e I Vaticano.

A Sagrada Escritura, com efeito, chama-os “filhos de Deus" (Jó 38, 7), “santos” (Dan 8, 13), “anjos de luz” (2 Cor 11, 14). Entretanto, os próprios Livros Sagrados se referem a “espírito imundos” (Lc 8, 29); “espíritos malignos” (Ef 6, 12); “espíritos piores" (Lc 11, 26); e outras expressões análogas.

Isto indica que certos anjos tornaram-se maus, tiveram sua vontade pervertida. Em suma: pecaram.


A batalha no Céu.

“Tu, desde o princípio, quebraste o meu jugo, rompeste os meus laços e disseste: — Não servirei!” (Jer 2, 20).

Este versículo do Profeta Jeremias sobre a revolta do povo eleito contra Deus tem sido aplicado à revolta de Lúcifer. Movimento de rebelião de Lúcifer “Não servirei!” — respondeu São Miguel com o brado de fidelidade: “Quem é como Deus!” (significado do nome Miguel em hebraico).

No apocalipse, São João descreve essa misteriosa batalha que então se travou no céu:
"E houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém estes não prevaleceram e o seu lugar não se achou no céu. E foi precipitado aquele grande dragão, aquela antiga serpente, que se chama o Demônio e Satanás, que seduz todo o mundo; e foi precipitado na terra e foram precipitados com ele os seus anjos” (Apoc 12,7-9).

O próprio Jesus dá testemunho dessa queda: “Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago” (Lc 10, 18). “(O Demônio) foi homicida desde o principio, e não permaneceu na verdade" (Jo 8,44).


Poder dos anjos bons sobre os demônios.

Ensina São Tomás que os anjos bons, mesmo que por natureza pertençam a uma hierarquia inferior à de algum demônio ( por exemplo em ralação a Satanás), sempre têm um domínio sobre os anjos decaídos.  Pois os anjos gozam de perfeição da amizade de Deus, da qual estão privados os demônio; e esta perfeição é superior à mera excelência natural, a única que permanecesse nos demônios ( Suma Teológica, 1,q. 109,a.4. )
        
Por isso observa o Cardeal Lepicier:  " A sabedoria de Deus torna-se ainda mais manifesta , quando consideramos que ele colocou os espíritos malignos debaixo do domínio dos anjos bons e deu a cada homem, neste mundo, um anjo bom que o ilumina, guia os seus passos e o defende contra os seus inimigos.  Por isso, os assaltos do inimigo das almas são aniquilados pela intervenção daqueles espíritos que se conservam fiéis a Deus, e o demônio acaba por contribuir para a maior glória do Criador". (Cardeal A. LÉPICIER, op. cit., p. 241. )

  
Os anjos podiam pecar?

Como poderia o anjo ter pecado, uma vez que ele não está sujeito às paixões ou ao erro no entendimento, como nós homens?

"Como compreender semelhante opção e rebelião a Deus em seres de tão viva inteligência?” — pergunta João Paulo II.

 O Pontífice responde:
“Os Padres da Igreja e os teólogos não hesitam em falar de cegueira, produzida pela supervalorização da perfeição do próprio ser, levada até o ponto de ocultar a supremacia de Deus, a qual exigia, ao contrário, um ato de dócil e obediente submissão. Tudo isto parece expresso de maneira concisa nas palavras: "Não servirei" (Jer 2, 20), que manifestam a radical e irreversível rejeição de tomar parte na edificação do reino de Deus no mundo criado. Satanás, o espírito rebelde, quer seu próprio reino, não o de Deus, e se levanta como o primeiro adversário do Criador, como opositor da Providência, antagonista da sabedoria amorosa de Deus”  (Apud Mons.C. BALDUCCI, El díablo, p. 20.)

E o Papa explica que os anjos, por serem criaturas racionais, são livres,  isto é, têm a capacidade de escolher a favor ou contra aquilo que conhecem ser o bem: “Também para os anjos a liberdade significa possibilidade de escolha a favor ou contra o bem que eles conhecem, quer dizer, o próprio Deus”. (João Paulo II, Mcm, ibidem.)

Criando os anjos racionais e livres, quis Deus que eles - com o auxílio da graça — fossem os agentes de sua própria felicidade ou de sua perda, caso cooperassem ou resistissem à graça. Para que merecessem a felicidade eterna, submeteu-os a uma prova.

É de fé que todos os espíritos angélicos foram submetidos a uma prova.Entretanto, não sabemos qual teria sido essa prova. Os teólogos procuram excogitar qual teria sido.

O pecado dos anjos maus.
        

Qual teria sido a prova a que foram submetidos os anjos? E qual teria sido o pecado dos que sucumbiram à prova?

Um pecado de soberba.

Acredita-se comumente que tenha sido um pecado de orgulho,  de soberba, pois a Escritura diz que “foi na soberba que teve início toda a perdição” (Tob 4, 14).

Santo Atanásio (séc. IV) o afirma explicitamente:

"O grande remédio para a salvação da alma é a humildade.  Com efeito, Satanás não caiu por fornicação, adultério ou roubo, mas foi o seu orgulho que o precipitou ao fundo do inferno.  Porque ele falou assim: "Eu subirei e colocarei meu trono diante de Deus e serei semelhante ao Altíssimo" (Is 14, 14). E é por essas palavras que ele caiu e que o fogo eterno se tornou sua sorte e sua herança”. (Apud Card. P. GASPARRI, Catechisme Catholique pour Adultes. p. 345.)

Em que teria consistido essa soberba?

Segundo São Tomás de Aquino, essa soberba consistiu em que os anjos maus desejaram diretamente a bem-aventurança final, não por uma concessão de Deus, por obra da graça, e sim por sua virtude própria, como mera decorrência de sua natureza. Desse modo, quiseram manifestar sua independência em relação a Deus; eles recusaram assim a homenagem que deviam a Deus como seu criador e desejaram substituir-se a Ele e ter o domínio sobre todas as coisas: ser como deuses (cf.Gen 3,5).

São Tomás faz igualmente referência à seguinte passagem de Isaías — referente ao rei de Babilônia, mas geralmente aplicada a Satanás — para ilustrar o pecado dele e dos anjos maus que o acompanharam na revolta: “Como caíste do céu, ó astro brilhante [em latim: “Lúcifer”J, que, ao nascer do dia brilhavas? ... Que dizias no teu coração: ... serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14, 13-14).

O pecado de Lúcifer e dos anjos que se revoltaram com ele teria sido, pois, um pecado de soberba, ou seja de complacência na própria excelência, com menoscabo da honra e respeito devidos a Deus.

Estes elementos se encontram em todo pecado — explica o Pe. Bujanda — pois quem ofende a Deus prefere a própria vontade, em vez da vontade divina, e nela se compraz.

Revelação da Encarnação

Não está formalmente revelado no que consistiu exatamente a prova dos anjos; os teólogos fazem hipóteses teológicas, como a de São Tomás, exposta acima.

Francisco Suárez, teólogo jesuíta do século XVII, levanta outra hipótese: a prova dos anjos teria consistido na revelação antecipada por Deus, da Encarnação do Verbo. Os anjos maus se teriam revoltado contra a submissão em que ficariam em relação à natureza humana do Verbo Encarnado, a qual, enquanto natureza, seria à natureza angélica.

Uma variante dessa hipótese é a que afirma que Lúcifer e os anjos revoltados não quiseram submeter-se à Mãe do Verbo Encarnado, pela sua dignidade ficaria colocada acima dos próprios anjos, embora inferior a eles por natureza.

Essa hipótese, entretanto, está ligada a uma outra questão: se o Verbo se teria encarnado mesmo sem o pecado de Adão. Suárez, com algumas adaptações, segue a opinião de Duns Escoto e de Santo Alberto Magno, a qual sustenta que sim; São Francisco de Sales também participa dessa opinião.

São Tomás, porém, é de outro parecer. Argumenta ele:
"Seguindo a Sagrada Escritura, que por toda a parte apresenta como razão da Encarnação o pecado do primeiro homem, é conveniente dizer-se que a obra da Encarnação está ordenada por Deus como remédio contra o pecado. De tal modo que, se não existisse o pecado não teria havido a Encarnação, embora a potência divina não esteja limitada pelo pecado, podendo, pois, Deus encarnar-se, mesmo que não houvesse o pecado”  (Suma Teológica, 3, q. 1, a. 3.)

São Boaventura reconhece que a opinião de São Tomás é mais consoante com a Fé, enquanto a outra favorece mais a razão. (In III Sent.,Dist.I,a.2,q.2.)

Embora ambas as opiniões sejam sustentáveis, o comum dos Doutores acha que a hipótese de São Tomás é mais provável, sendo predominante entre os Santos Padres.

Santo Agostinho afirma: “Se o homem não tivesse caído não se teria feito carne” (Serm. 174,2.)

Em favor dela fala igualmente o Símbolo dos Apóstolos, isto é,  Credo, quando proclama: O Qual [o Verbo], por nós homens, e por nossa salvaçãodesceu dos céus“. Também a liturgia pascal, que canta: “Ó culpa feliz, que nos mereceu um tal Redentor!"

O Pe. Christiano Pesch S.J. diz que a posição tomista de tal modo se tornou comum, que hoje há poucos defensores da esposada por Suárez, quanto à Encarnação do Verbo.

Daí decorreria que a hipótese de Suárez com relação ao pecado dos anjos ficaria também prejudicada. (C. PESCH 53, De Angelis, III, p. 71; cf. também Mons. P. PARENTE. Incarnazioni, col 1.751; I. SOLANO, De Verbo incarnato, pp. 15-24).)



A obstinação dos demônios.

Nós homens temos certa dificuldade psicológica em compreender que os demônios, por um só pecado, tenham sido condenados eternamente, enquanto Adão e Eva puderam ser perdoados. Por isso, desde os primeiros tempos do Cristianismo, não faltaram autores que sustentaram a possibilidade de reconciliação dos anjos decaídos com Deus.

Essa doutrina foi condenada pela Igreja e São Tomás explica a razão pela qual isso não é possível: em primeiro lugar porque a prova a que os anjos foram submetidos, a fim de merecerem a bem-aventurança eterna, teve para eles o mesmo efeito que tem para nós homens a morte; ou seja, encerra o período em que podemos adquirir méritos, e nos introduz na vida eterna, imutável por natureza. Os anjos bons, tendo sido fiéis, passaram a gozar da bem-aventurança eterna; os anjos maus ou demônios foram precipitados no inferno por toda a eternidade.

Em segundo lugar, por causa da natureza angélica: os anjos, uma vez feita uma escolha, não podem voltar atrás, seja para o bem, seja para o mal. Porque eles não estão sujeitos à mobilidade das paixões humanas, sua inteligência é perfeita, de modo que eles não podem fazer escolhas provisórias, como o homem. Antes de fazer uma escolha, o anjo é perfeitamente livre; feita esta, sua vontade adere a ela para sempre, pois todas as razões que o levaram a fazer essa escolha já estavam perfeitamente claras para ele antes que a fizesse.


Orações a São Miguel Arcanjo.


Oração a São Miguel.

“São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede nosso auxilio contra a malícia e ciladas do demônio. Exerça Deus sobre ele império, como instantemente vos pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas. Amém”.
  

            CONSAGRAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO


Príncipe nobilíssimo da hierarquia Angélica, valoroso guerreiro do Altíssimo, amante zeloso da glória do Senhor, terror dos anjos rebeldes, amor e delícia de todos os anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel.
Desejando pertencer ao número dos vossos devotos e servos, ofereço-me todo a vós, dou-me e dedico-me e coloco todo o meu ser, todos os meus interesses, minha casa, minha família e quanto possuo sob a vossa proteção. É pequena a oferta da minha servitude não sendo eu senão um miserável pecador, mas grande é o afeto do meu coração.

Lembrai-vos de que de hoje em diante estou sob o vosso patrocínio, e vós deveis em toda a minha vida assistir-me; procurar-me o perdão dos meus muitos pecados; alcançar-me a graça de amar de todo o coração ao meu Deus, ao meu amado Salvador Jesus, a minha doce Mãe Maria e, ainda, conseguir-me o que for necessário para chegar à coroa da glória.
Defendei-me sempre dos inimigos da minha alma, especialmente no último momento da minha vida. Vinde então, príncipe gloriosíssimo, assistir-me no último combate e, com a vossa arma poderosa, atirai para longe de mim, no abismo do inferno, a aquele anjo prevaricador e soberbo que prostrastes um dia num combate no Céu. Amém.


O Rosário de São Miguel Arcanjo.

Início:
Deus, vinde em nosso auxílio;
Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao Pai...

        Primeira Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Serafins, para que o Senhor Jesus nos torne dignos de sermos abrasados de uma perfeita caridade. Amém.
      Ao primeiro coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...


        Segunda Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Querubins, para que o Senhor Jesus nos conceda a graça de fugirmos do pecado e procurarmos a perfeição cristã. Amém.
      Ao segundo coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...


        Terceira Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Tronos, para que Deus derrame em nossos corações o espírito de verdadeira e sincera humildade. Amém.
      Ao terceiro coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...


        Quarta Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das Dominações, para que o Senhor nos conceda a graça de dominar nossos sentidos, e de nos corrigir das nossas más paixões. Amém.
      Ao quarto coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...

        Quinta Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das Potestades, para que o Senhor Jesus se digne de proteger nossas almas contra as ciladas e as tentações de satanás e dos demônios. Amém.
      Ao quinto coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...

        Sexta Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro admirável das Virtudes, para que o Senhor não nos deixe cair em tentação, mas que nos livre de todo o mal. Amém.
      Ao sexto coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...

        Sétima Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Principados, para que o Senhor encha nossas almas do espírito de uma verdadeira e sincera obediência. Amém.
      Ao sétimo coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...

        Oitava Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos Arcanjos, para que o Senhor nos conceda o dom da perseverança na fé e nas boas obras, a fim de que possamos chegar a possuir a glória do Paraíso.Amém.
       Ao oitavo coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...

        Nona Saudação

      Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste de todos os Anjos, para que sejamos guardados por eles nesta vida mortal, para sermos conduzidos por eles à glória eterna do Céu. Amém.
       Ao nono coro de AnjosGlória ao Pai, Pai-Nosso e três Ave-Marias...

            Ao final, reza-se:
          Um Pai-Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
          Um Pai-Nosso em honra de São Gabriel.
          Um Pai-Nosso em honra de São Rafael.
          Um Pai-Nosso em honra de nosso Anjo da Guarda.

            Antífona:
Ó gloriosíssimo São Miguel, chefe e Príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; Vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus. Amém.

S: Rogai por nós, bem-aventurado São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo.
R: Para que sejamos dignos de suas promessas. Amém.


Oração:
Deus, Todo Poderoso e Eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para Príncipe de Vossa Igreja, o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele, São Miguel, na presença da Vossa Poderosa e Augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.



           A Ladainha de São Miguel Arcanjo.
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, ouvi-nos
Jesus Cristo, atendei-nos
Pai Celeste que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho Redentor do mundo que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós,
São Miguel, cheio de graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta e estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo Israelita, rogai por nós..
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte da verdadeira fé, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, baluarte da verdadeira fé, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, mensageiro da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas do Purgatório, Vós a quem o Senhor incumbiu de receber as almas depois da morte, 
rogai por nós. 
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do Mundo, perdoai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do Mundo, ouvi-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do Mundo, tende piedade de nós, Senhor
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Rogai por nós glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Jesus Cristo,Para que sejamos dignos das Suas promessas. Amém.
Fonte:https://novecoros.blogspot.com/   
Devotos São Miguel Arcanjo Divinópolis | by Clevinho Maia  

O Poder de São Miguel HISTÓRIA E ORAÇÃO PODEROSA