Desfraldai o estandarte do ilustre Arcanjo, repeti o seu grito:
"Quem é como DEUS?" (Pio Xll em 8 de maio de 1940). O pensamento da
Igreja, a família de DEUS, no Novo Testamento, acerca da ação de São Miguel em
serviço deste POVO, como encarregado do Altíssimo para defendê-la e guardá-la,
está bem patente na liturgia universal segundo aquela norma consagrada:
"LEX ORANDI, LEX CREDENDI", isto é, a lei que rege a oração oficial
da Igreja, aprovada pelo Sumo Pontífice, é a lei que rege a nossa crença.
A Igreja, ao estabelecer uma festa litúrgica com Missa e ofícios
próprios para todo o mundo cristão, não nos pode enganar em matéria de fé. Os
Soberanos Pontífices, quando nas suas cartas encíclicas nos falam deste ou
daquele assunto relacionado com a fé e a moral cristãs, devem também ser escutados
e seguidos, pois são o eco do pensar de toda a tradição apostólica, dos padres
e doutores da mesma Igreja, que interpretam com a assistência divina as
Sagradas Escrituras; o mesmo se deve dizer das orações para a Igreja universal
aprovadas pela competente autoridade eclesiástica.
Além de outros documentos sobre São Miguel, dos Papas antigos,
Sua Santidade João Paulo II, na sua visita de 24 de maio de 1987 ao Santuário
de São Miguel, no Monte Gargano, na Itália, fez um discurso. Não é uma
encíclica, mas mostra-nos o pensar da Igreja sobre a atualidade do culto ao
Príncipe e grande Chefe dos Anjos, no mundo de hoje.
Após o encontro com a população, João Paulo II realizou uma
breve visita ao Santuário de São Miguel Arcanjo, templo ali construído para
recordar as 4 aparições de São Miguel numa gruta da localidade, nos anos 490,
492, 493 e 1656.
Sua Santidade João Paulo II faz eco neste discurso daquilo que
os últimos Pontífices têm dito ao povo cristão, para que recorra a São Miguel
nesta luta tremenda entre as forças do bem e do mal, chefiadas respectivamente
pelo glorioso Arcanjo chefe dos exércitos do DEUS Altíssimo e por satanás,
chefe dos demônios, os anjos caídos. O triunfo final e completo será de São
Miguel com os seus Anjos, como dizem as Escrituras santas, que pelejaram contra
o dragão, o derrotado, e os seus seguidores, precipitando-os para sempre nos
abismos infernais.
Sua Santidade Pio IX, de gloriosa memória, escreveu: "São Miguel é quem tem maior capacidade para
exterminar as forças malditas, filhas de satanás, que juraram a ruína da
sociedade cristã".
Sua Santidade S. Pio X, disse em 18 de setembro de 1903: "DEUS, na primeira luta, venceu, servindo-se
do Arcanjo São Miguel; devemos, portanto, acreditar firmemente que a luta atual
terminará triunfante e também, como outrora, com o socorro e ajuda deste
Arcanjo bendito".
Foi por estar convencido da realidade desta terrível luta final,
que o predecessor de S. Pio X, o grande Papa Leão XIII, mandou que
obrigatoriamente no fim de todas as Missas rezadas, os sacerdotes rezassem a
oração a São Miguel que ele mesmo compôs e fez publicar com a data de 29 de
setembro de 1891. Esta oração já não é obrigatória no final da Missa, com as
novas reformas litúrgicas, mas não está proibida e pode ser rezada em outras ocasiões,
em público e em particular. Muitos sacerdotes e simples fiéis tomaram a
iniciativa de rezá-la no final do terço, no fim do Angelus, etc. É muito
louvável este costume.
A imprensa mundial tem relatado nestes últimos anos, o segredo
até há pouco tempo oculto que motivou o mandato de Sua Santidade Leão XIII para
a reza oficial a São Miguel Arcanjo: o Papa, quando dava a sua ação de graças
na Missa, viu, em determinado dia, a Terra ser inundada por nuvens sombrias de
espíritos infernais. Teria ouvido mesmo a discórdia entre satanás com JESUS
CRISTO, dizendo que lhe desse mais tempo e ele destruiria a sua Igreja. - Terás o tempo que pedes, depois faremos as
contas, respondeu JESUS. Leão XIII, iluminado por DEUS, compreendeu que era
a São Miguel que o SENHOR havia reservado a honra de precipitar novamente no
abismo a satanás e aos outros espíritos malignos.
A oração composta por Sua Santidade anda ainda de boca em boca e
é rezada por milhões e milhões de cristãos em cada dia: "São Miguel
Arcanjo protegei-nos neste combate, cobri-nos com o vosso escudo contra as
mentiras e ciladas do demônio. Ordene-lhe DEUS, instantemente o pedimos a
vós, Príncipe da Milícia Celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a
satanás e a todos os espíritos malignos que andam no Mundo para perdição das
almas. Amém".
O mesmo Pontífice compôs, ainda, um exorcismo contra satanás e
os anjos rebeldes, que tem o seu nome - Exorcismo de Leão XIII. Ele nos mostra
a ação nefasta do maligno nos nossos dias e como é necessário recorrer à
poderosa intercessão da Virgem Maria e de São Miguel no ataque contra as forças
do mal, quer se trate de males físicos, quer se trate de males da alma.
Inimigo dos homens, satanás tem inveja deles e mesmo quando
parece ajudá-los favorecendo lhes uma vida de dinheiro, sensualidade e sorte, é
sempre tendo em mira a sua condenação eterna.
Sua Santidade Pio XI recomendou que se pedisse a DEUS, por
intercessão de São Miguel, a conversão da Rússia.
O Papa Pio XII, conhecido como Pastor Angélico, proclamou, em 8
de maio de 1940, que "era urgente
hoje, mais do que nunca, recorrer à proteção de São Miguel, lembrando que ele é
o protetor e o defensor da igreja e dos fiéis, o guardião do Paraíso, o
apresentador das almas junto de DEUS, o Anjo da Paz e o vencedor de satanás".
E no dia 8 de maio de 1945, fez novamente este apelo: "Soltai o estandarte do ilustre Arcanjo,
repeti o seu grito: Quem é como DEUS?" E perante as ofensivas
maçônicas, o ilustre Pontífice designou São Miguel como o modelo e o protetor
da Ação Católica.
Perante tais exemplos e
apelos vindos de tão alto, recorramos a São Miguel cheios de confiança.